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Mostrando postagens de abril, 2022

Peste ou cólera: nenhum voto em Le Pen | Mauricio Durá

  Por 15 anos, o voto anticapitalista da França Insubmissa cresceu na França ao mesmo tempo em que, antes de cada segundo turno presidencial, e há três, tem que enfrentar o dilema de derrotar a extrema direita de Le Pen (primeiro pai e depois filha) com o voto na direita neoliberal. A constituição da chamada “frente republicana” para conter a extrema direita marcou a política francesa nesses cinco anos, bem como a da Alemanha e, em maior ou menor grau, a de outros países da União Europeia. Hoje, a extrema direita governa em países como a Hungria (Orban) e a Polônia (Morawiecki). Em alguns, ela faz isso junto com a mão direita quando a soma de ambos permite. O atual governo na Itália é sustentado graças à extrema direita (Liga do Norte), na Áustria o fez entre 2017 e 2019, na Finlândia (2015-2019) e na Holanda (2010-2021). A posição da União Europeia, diante dessa ascensão da extrema direita, oscilou entre uma retórica de reprovação propensa aos chamados “cordões sanitários” e passivida