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MONIZ BANDEIRA E A DESORDEM MUNDIAL: uma resenha crítica por Patrícia Gouveia

MONIZ BANDEIRA E A DESORDEM MUNDIAL: uma resenha crítica Patrícia Gouveia 1 I UMA APRESENTAÇÃO O texto sumariza o livro indispensável hoje sobre o ordenamento do mundo contemporâneo: “A DESORDEM MUNDIAL. O Espectro da Total Dominação”, do saudoso cientista político e impecável analista, Luiz Alberto Moniz Bandeira. Uma primeira versão deste texto foi publicada em abril de 2022, visando ampliar os debates promovidos pelo Núcleo do PT de Barcelona 2 através de objetos prazerosos’ que convidam à fruição e avivam nossos corpos, corações e mentes. O ensaio inaugura a série “Resenhas Críticas” cujo objetivo é divulgar resumos analíticos de distintos bens culturais em circulação (livros, artigos, poemas, filmes, teatro, músicas e outros). Buscamos amplificar o interesse do público com produtos “bons para pensar” sobre o complexo e tumultuado cenário do tempo presente. Em via de mão dupla, refletimos palavras, argumentos, imagens, sons e sentidos capazes de espelhar o mom

Peste ou cólera: nenhum voto em Le Pen | Mauricio Durá

  Por 15 anos, o voto anticapitalista da França Insubmissa cresceu na França ao mesmo tempo em que, antes de cada segundo turno presidencial, e há três, tem que enfrentar o dilema de derrotar a extrema direita de Le Pen (primeiro pai e depois filha) com o voto na direita neoliberal. A constituição da chamada “frente republicana” para conter a extrema direita marcou a política francesa nesses cinco anos, bem como a da Alemanha e, em maior ou menor grau, a de outros países da União Europeia. Hoje, a extrema direita governa em países como a Hungria (Orban) e a Polônia (Morawiecki). Em alguns, ela faz isso junto com a mão direita quando a soma de ambos permite. O atual governo na Itália é sustentado graças à extrema direita (Liga do Norte), na Áustria o fez entre 2017 e 2019, na Finlândia (2015-2019) e na Holanda (2010-2021). A posição da União Europeia, diante dessa ascensão da extrema direita, oscilou entre uma retórica de reprovação propensa aos chamados “cordões sanitários” e passivida

CAPITALISMO CENTRAL x PERIFERIA EMERGENTE: impasses e superações à dinâmica econômica brasileira. Por Patrícia Gouveia

I APRESENTAÇÃO O texto examina contradições e dilemas da economia brasileira a partir de dinâmicas estruturais e conjunturais que impactam a vida cotidiana de todos nós - brasileiros, brasileiras e ‘brasileires’ - fisicamente pertos ou distantes das fronteiras de nosso país. Em forma de análise de conjuntura discutimos a realidade do Brasil hoje, em níveis político, sociocultural e econômico. Em primeiro plano, apreende o quadro geral do capitalismo contemporâneo e suas implicações às economias periféricas, reféns do modelo neoliberal. Em seguida, apresenta as características e indicadores econômicos do Brasil pós-gestões do Partido dos Trabalhadores. Por último, projeta cenários de recuperação econômica, sistematizando os pontos cruciais e a crítica ao “Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil 2023 - 2026: outro mundo é preciso; outro Brasil é necessário, do Partido dos Trabalhadores”, de 2021. Este, um documento crucial à definição das Diretrizes do Programa de Governo